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Arquitetos: Studio Gang
- Área: 929 ft²)
- Ano: 2014
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Fotografias:Steve Hall for Hedrich Blessing, Iwan Baan
Descrição enviada pela equipe de projeto. Historicamente, a convocação para a justiça social ocorre em ambientes informais, como muitas das reuniões de direitos civis mais importantes desta nação, que, por exemplo, ocorrem em um porão de uma igreja, uma sala de estar ou mesmo em torno de uma mesa de cozinha. O desafio de projetar um edifício, desde sua concepção, com o objetivo de fomentar a discussão e tornar o trabalho visível e bem-vindo a todos, é em muitos aspectos, inédito. O Centro de Liderança para Justiça Social Arcus visa promover tópicos esquecidos da justiça social, diretamente para a consciência pública.
Com a missão de catalisar mudanças sociais positivas, o Centro Arcus trabalha para desenvolver líderes emergentes e engajar lideranças existentes nas áreas de direitos humanos e justiça social. Como centro de estudos e espaço de reuniões, o edifício reúne alunos, professores, acadêmicos visitantes, líderes de justiça social e membros do público para conversas e atividades que visam a criação de um mundo mais justo.
A arquitetura do projeto promove o trabalho do centro de diversas maneiras importantes. No interior, o espaço visualmente aberto e iluminado pela luz natural foi projetado para encorajar a "convergência", em configurações que promovem o rompimento das barreiras psicológicas e culturais entre as pessoas e ajudam a facilitar a compreensão. A presença de uma sala de estar, lareira e cozinha para compartilhar alimentos no centro do edifício, potencializa reuniões informais frequentes e encontros casuais ou ao acaso.
Muitas decisões que os arquitetos fazem sobre o espaço - abordando, por exemplo, questões de acessibilidade ou identificação de gênero - têm repercussões na justiça social. A integração de práticas equitativas diretamente no projeto, permitem que o Centro instigue uma transformação social positiva em todas as escalas. O edifício também foi projetado para responder com sensibilidade aos seus distintos contextos físicos, mas adjacentes: um bairro residencial, o campus da faculdade e um bosque nativo. Seu plano tri-axial aborda e une todos os três contextos, a partir de grandes fachadas transparentes conectadas por paredes em arco de flexão côncava, que abraçam o espaço interior.
No exterior, revestido com tijolos de madeira, uma técnica antiga da construção local foi retomada e adaptada para o século XXI. A madeira captura o carbono e fornece uma abordagem de baixa tecnologia, de forma a configurar uma fachada de alto desempenho. A madeira empilhada também funciona como uma extensão figurativa das árvores na paisagem do bosque adjacente. O exterior único desafia a linguagem georgiana dos tijolos e o estilo de implantação dos edifícios existentes do campus, ao mesmo tempo, em que homenageia a arte da alvenaria e aqueles que construíram as estruturas anteriores da faculdade.
Informado pelo princípio de que em um mundo socialmente justo, a vida de cada pessoa é valorizada e sua dignidade inerente é reconhecida, o Centro de Justiça Arcus demonstra que os espaços de convocação podem e devem ser alguns dos mais poderosos.